Ana Cava Autora | leitura crítica

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QUEM SOU EU

Nem sempre cabe em palavras

Escrever nunca foi opcional para Ana Cecília. Como comer e respirar, a escrita é algo essencial em sua vida. Todos os dias, ela sente enorme gratidão por ter a sorte de trilhar uma carreira com algo que lhe traz tanto prazer.
Não foi fácil conseguir assumir para si mesma que era uma boa escritora. Mas agradeceu pelas amizades ao seu redor que sempre a impulsionaram para ser a melhor e acreditar mais em si.Por isso, buscou estudar o máximo possível, através de livros, cursos online e até se formou em Linguística na Universidade Federal de São Carlos, tendo com eixo de formação a área de produção textual - Meios e Materiais Instrucionais.Afinal, escrever sempre foi maior paixão.

Saiba mais

Cansei do peso de precisar contar histórias e nunca conseguir
Cansei de passar noites chorando em cima do teclado e nenhuma palavra cair
Cansei de criar personagens e eles nunca ganharem vida porque elas não são boas o bastante para serem vividas
Cansei de olhar ao meu redor e ver tanta gente boa e pensar “não tem como eu chegar aí, quem vai querer ler histórias sobre dor e romance? Quem vai querer ler sobre personagens humanos demais?”
Cansei de analisar histórias e nunca ser capaz de analisar as minhas
Na verdade, cansei de me analisar demais
Eu cansei de ser pela metade
Uma arquiteta que planeja a casa, mas nunca executa o projeto, porque Deus me livre errar.
Não.
Eu não posso errar
E errar é humano
E eu sou uma escritora
Não existe chance pro erro
Mas também sou humana
Então, cansei de escritora

#poesia #poems #cronicas

É difícil voltar pra casa quando seu coração nunca saiu dali. Quando o corpo foi, mas as vontades, os desejos e os apegos ficaram todos no mesmo lugar, esperando a hora de poderem sair e viverem, finalmente, a vida que desejam.

É difícil se encarar no espelho velho, que antes era limpo e límpido, mas que agora tem tanta poeira que você se perde entre os pequenos flocos de sujeira, e não sabe mais dizer onde você começa e o seu eu antigo termina.

É difícil falar com o vizinho quando ele nem se lembra mais seu nome, mas sabe que você é “aquela garota lá”; “Aquela garota que se dizia artista e, metida a besta, queria ser… leitora crítica?”.

É difícil voltar e colocar a chave numa fechadura que não se usa mais. Tudo mudou. Agora é tudo moderno, tecnológico. “Você precisa se atualizar, agora entramos em casa assim e falamos dessa forma”. O coração pesa. “Você não sabe como se portar por aqui, acho melhor voltar pra lá.”
Pra lá
Pra onde eu não queria ir, mas foi preciso, por quando se é adulto decisões precisam ser tomadas acima de qualquer dor ou vontade. A gente continua lá, mesmo sangrando, mesmo doendo, mesmo que a ferida nunca seque… a gente continua lá.
E quando decide voltar… é difícil, porque o que restou foi o vazio da caixa torácica, que é incapaz de ter um coração batendo de novo.

2023 foi um ano desafiador para mim, tanto pessoal quanto profissionalmente.

Foi o ano em que aprendi o quanto AMO trabalhar com livros, o quanto isso me deixa viva, mas enfrentei os desafios de começar numa profissão nova e que exige bastante de nós.

Em 2023 nossa comunidade cresceu e eu conheci tantas pessoas bacanas que seria até injusto começar a elencá-las porque esqueceria de muitas.

Então, o meu sincero obrigada a todos que ficaram nesta caminhada. Obrigada pelos impulsos, por acreditarem na minha pessoa e na minha profissão, obrigada por todas as trocas, por todas as risadas e pelo acolhimento.

Obrigada mil vezes

Espero que em 2024, possamos intensificar laços, publicar mais histórias e realizar nossos sonhos 💙

Uma passagem de ano tranquila, cheia de amor, carinho e muita paz.

Que nosso 2024 venha com muito sucesso 💙

Um brinde a nós🥂

Sim, eu gosto de age gap, mas precisamos falar sobre as nuances desse trope.

A diferença de idade existe na vida real e tá tudo bem. Nas histórias podemos brincar com estes limites, principalmente no romance dark.

Mas acredito que nunca podemos reforçar um discurso que predomina na nossa sociedade e que afeta a vida de tantas meninas (tudo isso sem fazer um recorte de raça, ok?).

É por isso que vejo tantos problemas em um livro que mostra um cara de 30 anos se relacionando com uma menina de 18, quando o pano de fundo é que ele sempre esteve de olho nela desde que completou 15/16 anos.

Você sabia que esse ano o prefeito de uma cidade casou, aos 65 anos, com uma menina de 16 anos? Isso porque aos 16 é possível ter o matrimônio com a autorização dos pais.

Aqui, é possível ver os dois discursos circulando "Homens mais velhos são sábios, sabem como cuidar de uma mulher."

"Meninas amadurecem cedo, por isso, podem ser consideradas mulheres a partir dos 12 anos."

Será que são essas histórias que queremos contar? Que desejamos reforçar?

Tudo bem, a ideia do velho da lancha, que é bonitão, grisalho, pode ser explorada, pode ser usada no romance, tá tudo bem, mas o que precisamos é estabelecer os limites disso aqui.

Nem tudo pode ser enfiado no balaio do "mas é que é ficção, então não tem problemas". Isso é um discurso fraco e que tá passando pano pra livros problemáticos e que só reforçam violências que acontecem no nosso dia a dia.

Bom, hablei um tempinho, agora quero ouvir vocês 🥰

E depois disso, eu fui uma ótima escritora!

Não tenha medo de brincar com as expectativas o seu leitor.

Não tenha medo de ousar e fazê-lo ficar nervoso, bravo, sem chão... Brincar com os sentimentos dos outros faz parte da contação de histórias.

Não se sinta na obrigação de seguir pelo caminho X porque o público prefere. Não. A história precisa fazer sentido, parar em pé, conectar todos os pontos e muitas vezes, um elemento surpresa é a liga que precisava.

Não tenha medo de ir comprar vasos e voltar com um cachorro 😜

Tudo começou com o fio da @universoemponto lá na rede do X

Inclusive, o link é esse aqui: https://x.com/Tratiezone/status/1727692956704862324?s=20

E minha cabeça explodiu ao perceber o quanto estamos nesse ritmo desenfreado de publicar mil livros no ano aqui no mundinho independente.

E vejo o quanto aqui o buraco é mais embaixo porque temos um processo de sucateamento bem longo, mesmo quando entregamos números bem altos.

A questão aqui é que essa produção em massa que tá transformando a arte em fast-food não é saudável pra gente que é escritor e muito menos para o nosso mercado.

Livros levam tempo para serem feitos, é preciso de um processo editorial por trás, cuidado para não atropelar tudo e lançar um produto que não te agrade e que não te preencha.

E precisamos bater nessa tecla, precisamos bater o pé e reivindicar nossos processos dentro do sistema, caso contrário a nossa saúde não vai durar muito.

O consumo desenfreado de tudo está nos destruindo, literalmente. Tudo tá acontecendo pra ontem, numa quantidade infinita num mundo FINITO.

Mas, caros gafanhotos, não vou me estender mais por aqui, jogo a bola pra vocês e pergunto: precisamos lançar quantos livros por ano?

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@anacavaautora

O ÚLTIMO LIVRO CHEGOU

14/07/2022

A Trilogia Cores finalmente está chegando ao seu grande finale, com muita emoção, dúvidas, respostas e um embate delicioso entre o passado e o presente.

A aventura pelas ruas de Windsor está chegando ao fim, mas não se preocupe que trarei mais aventuras e descobertas para o mundo.

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